Publicado por : Ghilliard Pinheiro 6 de mar. de 2014

“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”  - 1 Co 13.7

A Palavra de Deus, esse bom tesouro que nos foi dado para uma vida plena em seu filho e salvador Jesus Cristo é, não apenas uma verdade inquestionável, verídica, plausível e viva, pelo seu poder vivificante (através do Espírito Santo -  2 Pe 2.20,21) e miraculoso experimentado pelo homem, mas é uma expressão real do amor.

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” - 1 João 4:8

Algumas características demonstram o poder dessa Palavra, apontam não somente o seu uso, mas descrevem muito mais do que gestos, revelam-nos ações profundas de uma relação afetiva muito grande entre quem ama – Deus, e o objeto desse amor - nós.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” - João 3:16

O grego emprega algumas palavras para descrever a ação de amar: Ágape – afeição ou benevolência, caridade; fileo – afeto por um indivíduo ou um objeto; filos – amizade, carinhoso, amigo;  em cada uma delas podemos perceber, que mesmo que as descrevamos como um único verbo, ou substantivo, em cada expressão, ou frase do nosso português, e do próprio grego, tem sentidos e conotações diferentes: É diferente o sentimento que tenho, por um objeto, animal, de um amigo, parente, próximo e o próprio Deus.

A cidade de Corinto a qual Paulo endereçara duas de suas cartas era imprescindível a sociedade grega, por seus dois portos os gregos e corintos tinham acesso ao comércio mundial e alimentavam necessidades e o egoísmo de seus mais de 250 mil habitantes, que viviam abastadamente cercada por os seus muitos escravos, mas inclinada a idolatria e ao culto da deusa Afrodite – a deusa do amor, e suas praticas promíscuas, tais como a pratica sexual no seu culto, vivendo mergulhada no pecado.

Paulo não se dirigiu igreja em Corinto simplesmente para apresentar o maravilhoso plano da salvação – Jesus, mas indagou aos da fé, a observância de um amor que excedia o seu entendimento (Ef 3.19) e as práticas cotidianas dessa sociedade. Para isso Paulo emprega palavra grega Ágape, que só pode ter sentido em sua vida, quando da compreensão do seu significado na cruz, da renuncia e entrega de Jesus, como a relatada em Filipenses 2.5-8.

Em algumas traduções de Bíblias, ainda é possível verificarmos a palavra caridade, que talvez consiga demonstrar melhor o sentido da pratica do amor. Praticar é mais do que pronunciá-la ou fazer o seu uso em tempo oportuno aos nossos interesses, praticar a luz da verdade cristã é:  condoermo-nos da situação alheia e se preciso for, nos colocarmos em seu lugar, assim como Cristo fez por nós. Não é possível praticá-la sem a compaixão e o ser benevolente com o meu semelhante. Tiago ao falar sobre a fé, alerta que a sua prática fica evidenciada pelas suas ações, e se ações traduzem os sentidos do coração e do entendimento, sem as aplicações do amor, em todos os seus sentidos, somos apenas barulhos que soam e tinem.

Amar não é apenas uma condição fácil de observar, como o próprio Paulo relata: é uma condição de persistência - de insistirmos em sua pratica; de fé - confiar plenamente no seu poder; de esperança - de aguardar (I Co 3.6); e, verificar o seu fruto - de esperarmos com paciência no Senhor (Sl 40.1). Paulo vai alem e não apenas descreve o amor como sendo uma ação independente, atitude ou prática benevolente ao semelhante – ser caridoso, que apenas traduzem “compromisso” com a causa e não uma entrega total por ela. Ele eleva o seu valor, seu sentido e a sua profundidade em um contexto de uma vida cheio do Espírito, que fica evidente por sua situação, entre os capítulos dos dons e composição do corpo (I Co 12) e do agir pelo Espírito, com diligência (I Co 14). Não são ações que dependem apenas de nós, mas da eficácia e intervenção do próprio Deus, através do Espírito Santo, em nosso caráter (Gl 5.22).

Ao encerrar o Apóstolo dos Gentios, declara que mais do que confessarmos a Deus e provarmos do seu poder, é preciso viver o seu amor. E, amar é muito mais do que uma pluralidade de ações, é vivermos a cada dia no seu exercício, de corpo e alma, deixando a condição de menino – a imaturidade, a visão egoísta do mundo, o exclusivismo e nos tornarmos varões perfeitos – perfeitos aos intentos do Senhor, perfeitos para os limites desse corpo, perfeitos na morte e crucificação da velha natureza e ressurgimento em Cristo glorificado.


 Ghilliard Pinheiro


Comentários
1 Comentários

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  1. Realmente!

    A melhor forma de identificarmos um cristão é observando a sua capacidade de amar.

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